Cerca de 6 mil bueiros são limpos por mês, conforme Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos

Terra, folhas, garrafas PET, madeira e até lixo doméstico: todo esse material saiu de uma única boca de lobo tripla em Campo Grande. A quantidade de resíduos jogados irregularmente é tanta que até uma chuva leve é suficiente para formar enxurradas e provocar alagamentos na Capital. O Campo Grande News percorreu alguns pontos da cidade, nesta segunda-feira (8), e encontrou diversas bocas de lobo abarrotadas de sujeira.
Bocas de lobo em Campo Grande estão sobrecarregadas com resíduos irregularmente descartados, incluindo terra, folhas, garrafas PET e lixo doméstico. A situação tem causado alagamentos mesmo com chuvas leves, especialmente em pontos críticos como a Avenida Doutor Nasri Siufi e Vila Anahy. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos realiza manutenção diária, atendendo entre 5 e 6 mil unidades mensalmente. Apesar dos esforços, o descarte irregular continua comprometendo o sistema de drenagem da cidade, afetando inclusive o fluxo das galerias pluviais que deságuam em córregos locais.
Um dos trechos mais críticos fica na Avenida Doutor Nasri Siufi, esquina com a Rua Aicás, no Jardim Tijuca. No local, três bocas de lobo estão totalmente fechadas, sem qualquer abertura para a drenagem. Duas delas estão cobertas por terra, pedras e pedaços de madeira. A terceira foi tomada pela grama e até por um capacete. Para o calheiro Eduardo Henrique, de 20 anos, que costuma prestar serviços no bairro, a cena não surpreende.
“Aqui do lado vem uma enxurrada muito forte. Não vejo limpeza porque não fico o dia inteiro aqui”, afirma. Segundo ele, a maioria das ruas que descem para a Avenida Nasri Siufi, última via do bairro, enfrenta o mesmo problema. Sem escoamento adequado, formam-se poças e lama por todo o trecho.
Confira a galeria de imagens:
Na Vila Anahy, a reportagem encontrou uma boca de lobo na Rua Mogi Mirim tomada por folhas. A água só consegue passar por um pequeno espaço no fim da estrutura metálica. Situação semelhante ocorre no Vivendas do Parque, no cruzamento da Rua Doutor Paulo Machado com a Rua Antônio Maria Coelho, onde a boca de lobo está coberta de folhas e conta apenas com uma fresta para a drenagem.
De acordo com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), a manutenção de bueiros e bocas de lobo é realizada diariamente em Campo Grande, com atendimento de 5 a 6 mil unidades por mês. Segundo a pasta, as equipes retiram dos bueiros materiais de todo tipo, muitas vezes resultado do descarte irregular nas ruas.
A água recolhida pelas bocas de lobo segue para as galerias pluviais, que funcionam como pequenos córregos. Em um dos pontos do Córrego Prosa, na Avenida Fernando Corrêa com a Rua dos Vendas, a área que deveria estar limpa para garantir o fluxo está tomada por madeira e folhas. Caso chova forte, o cenário tende a se repetir: nível da água alto e risco de alagamento já conhecido pelos moradores.
Sobre o trecho do Córrego da Avenida Ricardo Brandão, a secretaria afirma que a limpeza é periódica e será reforçada novamente como parte das ações preventivas para o período chuvoso.
A Sisep explica que a programação de serviços é definida ao final de cada tarde e ajustada conforme demandas pendentes. “Antes do período de chuvas, as equipes intensificam a limpeza dos canais dos córregos próximos às pontes e fazem a poda de galhos em risco de queda”, informou a pasta.
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