Vítima só constatou que era golpe depois de transferir o dinheiro e ter conta invadida
Uma moradora do Bairro Monte Castelo, em Campo Grande, perdeu mais de R$ 31 mil após cair em um golpe aplicado por um criminoso que se passou por advogado nesta quarta-feira (3). A vítima registrou boletim de ocorrência na manhã desta quinta (4), na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.
Uma moradora do Bairro Monte Castelo, em Campo Grande, foi vítima de um golpe ao perder mais de R$ 31 mil para um criminoso que se passou por advogado. O golpista entrou em contato com o pai da vítima, alegando ser seu advogado e informando sobre a liberação de valores de um processo judicial. O criminoso convenceu a vítima a realizar transferências via PIX, incluindo R$ 3.100 e R$ 20 mil, além de induzi-la a clicar em um falso link do Tribunal de Justiça, resultando na invasão de sua conta bancária. A Polícia Civil alerta sobre a frequência desses golpes e recomenda não clicar em links de origem desconhecida.
Segundo o registro policial, o pai da vítima recebeu uma ligação de alguém que dizia ser seu advogado e informava que o dinheiro de um processo judicial havia sido liberado. Como o idoso tinha passado por uma cirurgia, repassou o telefone para a filha para que ela tratasse do assunto.
Foi então que o golpista começou a narrar uma história e disse que, para o suposto valor ser depositado pelo tribunal, ela precisaria “movimentar” a própria conta. Ele orientou que fosse feito um PIX de R$ 3.100 para um homem identificado como Francisco Natanael.
Logo depois, o falso advogado afirmou que ela deveria “limpar a conta” e que o valor seria estornado. A vítima, acreditando na conversa, fez outro PIX de R$ 20 mil para uma empresa. Em seguida, o criminoso perguntou se ela tinha conta na Caixa Econômica Federal. Ao ouvir que sim, enviou um link que dizia ser do Tribunal de Justiça. Assim que a vítima clicou, teve sua conta invadida. O golpista realizou ainda um PIX de R$ 8.200, cujo destino ela não soube informar.
Somente quando o suposto depósito não caiu, ela percebeu que havia sido enganada. O prejuízo total ultrapassa R$ 31 mil. A vítima decidiu representar criminalmente contra o autor.
Alerta – Casos como esse têm se tornado frequentes em Mato Grosso do Sul. Recentemente, a advogada previdenciarista Luciana Modesto Nonato Mendonça teve seus dados utilizados por golpistas, que se passavam por ela para enganar vítimas.
Ela explica que criminosos usam o nome de advogados ou servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para solicitar dados pessoais, senhas ou até transferências — golpe conhecido como “falsa central 135”.
Luciana alerta que a prova de vida nunca é solicitada por telefone ou WhatsApp. “Hoje a prova de vida é automática, feita pelo cruzamento de dados como identidade, CNH e título de eleitor. Não existe ligação para fazer prova de vida. Quando existe, é golpe”, esclarece.
Outro ponto de atenção é o uso de inteligência artificial para clonar vozes. Segundo a advogada, alguns golpes transformam qualquer resposta da vítima em um “sim”, como se ela tivesse autorizado um empréstimo.
Ela orienta: “Recebeu uma ligação estranha, pedindo confirmação de dados ou autorização? Desligue imediatamente”. A Polícia Civil reforça a importância de registrar boletim de ocorrência e nunca clicar em links enviados por terceiros.
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